quarta-feira, 8 de julho de 2009

Amelia


Foi em numa quinta feira quando assistimos a esse filme. Confesso que não sou muito fã de dança, porém, Amelia me deu uma impressão muito marcante sobre a dança contemporânea.
Se me lembro bem, uma das primeiras cenas é a de uma enorme caixa de madeira curva, fugindo bem do convencional palco,onde o espaço é bem mais limitado se comparado a essa caixa que fizeram.
O filme foi dirigido por
Édouard Lock e interpretado pelos dançarinos da compania de dança La La La Human Steps. O filme, basicamente, é composto por apresentações de dança contemporanea alternadas, feitas por casais. Como começara a comentar, o espaço foi um dos marcos do filme desde a primeira cena até a ultima. Utilizando um jogo de luz(bem sofisticado) e sombra no ambiente, fez com que, com a variação desses, o ambiente ganhasse um ar diferente.O ambiente se adequa a cada interpretação a ser executada. Há uma interdependencia de ambos para a criação do significado da atuação.
Simultanemante, com a mudança das condições de iluminação, eram trocados os casais de dançarinos e a trilha sonora, sendo que essa ultima casava-se perfeitamente (tanto a letra quanto a melodia/ritmo) com a dança executada.

Havia uma alternancia entre momentos em que os dançarinos oscilavam em alta velocidade, e momentos de pura suavidade e delicadeza, tornando impossivel um momento de tédio.
O movimento constante dos dançarinos e da camera resultava na criação de inúmero pontos de vista naquele ambiente fantástico. Vale lembrar da trilha sonora, escrita por David Lang para violino, cello, piano and voz, que resultou numa combinação plausivel entre o minimalismo e as letras das músicas, sendo cinco de Lou Reed, criado em nos anos 60.
Não imaginava que um filme de apresentações de dança iria prender tanto a minha antenção. A espacialização da dança naquele ambiente minimalista de fato contribuiu para um filme sofisticado como esse.
Aí embaixo está o link para um tira gosto do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=t9BqgrhHhQE

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